Papel aceita tudo.
Ouvia isso com frequência, nas escola e em casa.
Faço votos que essa notícia não seja eleitoreira.
Captação de recursos na Bolsa de Valores viabilizaria a construção de estrutura esportiva e de convivência
![]() |
O projeto de desenvolvimento da nova via está sendo analisado pela Comissão de Valores Mobiliários |
No ano passado, quando a ideia de venda do potencial construtivo foi anunciada, a previsão era de que a comercialização começasse em março, mas o andamento do projeto indica que antes de maio nada será negociado. A proposta está no chamado período de silêncio, estimado em 60 dias. Em breve, os investidores poderão consultar detalhes da oferta. O leilão dos títulos será em lotes, mas não foram divulgadas informações como quantidade de títulos ou valores prévios dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs).
Fábio Tadeu Araújo, consultor da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário no Estado do Paraná (Ademi-PR), diz creditar que o potencial construtivo ofertado pela prefeitura será bem recebido pelo mercado. O fato de que o dinheiro captado com a venda dos títulos deve obrigatoriamente ser aplicado na Linha Verde é bem visto. “Assim, a região se valoriza. O crescimento será induzido”, diz. O prazo de conclusão das obras é de até 30 anos.
Para o urbanista Luiz Henrique Cavalcanti Fregomeni, que também é professor da Universidade Federal do Paraná, a lei de zoneamentos, que fixa restrições a construções, é uma técnica que busca formas harmoniosas de ocupação do espaço urbano. “Esta é uma forma de a população ter retorno com a mais valia gerada para os empreendimentos a partir dos investimentos que já foram feitos”, diz. O professor lamenta que um novo eixo de transporte foi projetado e recebe recursos antes de outros projetos de desenvolvimento que tinham previsão de adensamento sejam concluídos, como a linha estrutural norte.
Espaço reunirá diversas estruturas esportivas
A recente divulgação do estudo de impacto ambiental da chamada Operação Urbana Consorciada – que é o pacote de obras adicionais previstos para a Linha Verde – revelou que a concretização da Vila Olímpica de Curitiba é a principal obra a ser financiada pela venda de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs). O arquiteto Luiz Hayakawa, que já foi presidente do Ippuc, conta que não há estimativa de quanto a obra vai custar.
A Vila Olímpica foi idealizada há 17 anos, ainda na época do governador Jaime Lerner, que queria um espaço de integração entre as várias estruturas esportivas já existentes na região do Tarumã, como o ginásio, o estádio do Pinheirão, o Jóquei Clube, a hípica, o Colégio Militar e até, um pouco mais a frente, o autódromo. “Será uma alameda ambiental”, resume Hayakawa. Deve ter aproximadamente 40 metros de largura e quase um quilômetro de extensão, acompanhando o comprimento do Jóquei Clube. “A intenção é recuperar uma área subutilizada, fazer o alargamento de vias e criar um espaço de convívio”, relata.
Também podem ser viabilizadas, a partir da venda de Cepacs, nove passagens, que ganharam o nome de trincheiras ecológicas por não priorizarem os veículos e sim o trânsito de pedestres. Hayakawa comenta que nas imediações dos terminais projetados para a Linha Verde Norte, a distância de um quilômetro cada, serão construídas praças dos dois lados da rua. Assim, as pessoas passariam por uma área verde, cruzariam a Linha por baixo, com segurança, e concluiriam a travessia chegando em outra área de lazer.
Confira as principais intervenções previstas:
- Desapropriações
- Construção de estações de embarque e desembarque
- Execução de alças de acesso, trincheiras e viadutos
- Implantação de vias marginais, calçadas e ciclovias
- Construção e alargamento de pontes
- Execução de passagem em desnível no Atuba
- Implantação de via para ônibus
- Colocação de passarelas
- Recuperação de áreas de preservação permanente
- Regularização fundiária em ocupações irregulares
- Obras de melhorias no acesso da Estrada da Graciosa e nas ruas Amazonas de Souza Azevedo, Fúvio José Alice, Dino Bertoldi, Dante Angeloti, Konrad Adenauer e na complementação do binário Agamenon Magalhães-Roberto Cichon.
Créditos
Nenhum comentário:
Postar um comentário