Pessoas
Se o que acontece ou é mostrado não for teatro, ótimo.
Só não entendo o motivo de não acontecer por aqui o que acontece lá.
Reflitam
O ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB), nem havia caído de forma oficial ontem à tarde e a imprensa já o velava politicamente. Nem poderia ser diferente. Sem expressão no cenário do poder em Brasília, não obstante seja dono de seis mandatos na Câmara dos Deputados, ele teve uma atuação pífia na Esplanada e, pior, cheia de denúncias. Desde que tomou posse no cargo, seu nome ganhou fama na mesma velocidade em que espocavam os escândalos: num dia, ele é acusado de usar a verba indenizatória da Câmara para financiar animadas festinhas num motel em São Luís. No outro, soube-se que destinou uma emenda de R$ 1 milhão para uma empresa fantasma do Maranhão, seu Estado natal. A terceira, e mais disparatada, foi a descoberta de que ele registrou a própria governanta como assessora parlamentar. Por fim, a última: a mulher dele, Maria Helena de Melo, teria usado um funcionário da Câmara como motorista particular. Simplesmente não havia mais como segurá-lo. A presidente Dilma Rousseff, embora tenha tentado evitar o desgaste junto aos aliados de prosseguir com a “faxina” no governo, se viu obrigada, novamente, a varrer para fora do executivo uma peça estragada, com defeito, irregular. O octogenário Novais – amigo e protegido do senador José Sarney - vai embora sem qualquer comoção.
Números
Com Novais, chega a cinco o número de ministros afastados por Dilma até agora. Estão na lista o ex-titular dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), Wagner Rossi (PMDB), da Agricultura e Antonio Palocci (PT), da Casa Civil (todos por questões de ordem moral), além de Nelson Jobim (PMDB), da Defesa, que saiu por “incompatibilidade administrativa”.
Duro e sem ternura
Ricardo Kotscho, jornalista e ex-ministro de Lula, mantém um blog na internet, hospedado no site R7, da Rede Record. Sobre Pedro Novais, ele bateu forte e sem dó: “Esta semana, a Folha de S.Paulo revelou que Novais tem o hábito de sustentar sua criadagem particular com dinheiro do Tesouro Nacional, que paga a governanta e o chofer da nobre família. (...) O que me pergunto é como um político provinciano, de carreira medíocre, absolutamente desconhecido até ser nomeado, embora veterano na Câmara Federal, chegou a ser Ministro do Turismo no Brasil”. A análise é perfeita.
Outro assunto
Boa notícia que vem do Palácio das Araucárias: O governador Beto Richa (PSDB) é contra a criação de um novo tributo, nos moldes da finada CPMF, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, para custear a saúde no Brasil. Ele anunciou também que o orçamento do próximo ano, o primeiro a ser elaborado pela atual equipe de governo, vai garantir mais 300 milhões de reais para aplicação direta no setor. Que assim seja.
Créditos:
http://www.parana-online.com.br/colunistas/231/88028/
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