terça-feira, 16 de agosto de 2011

Servidores públicos protestam contra nova onda de privatizações no PR

A quem interessar II - versão Tribuna do Paraná
Acabei de chegar da manifestação.
Ocupamos a ALP, sem tumulto, e fomos ouvidos.
Ouvimos também das lideranças, inclusive do governo que qualquer ameaça de privatização está descartada.
Ah! esqueci de dizer que acredito em duende, papai noel e leprechauns.
Precisamos ficar atentos, por ora acho que deu certo...



Um ato público na Praça Santos Andrade, em Curitiba, seguido de uma passeata até a Assembleia Legislativa do Paraná, foi realizado na tarde desta terça-feira (16) pelos servidores públicos da Copel e da Sanepar e outras empresas públicas, representantes de sindicatos e de centrais sindicais de trabalhadores contra a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) e para comemorar o aniversário de dez anos de mobilização popular ocorrida em 16 de agosto de 2001 contra a venda da Copel.
Os manifestantes fizeram um apitaço ao subir as escadas da Assembleia Legislativa até o Plenário. Pela manhã, foi realizada uma audiência pública no Plenarinho da Assembleia Legislativa para lembrar também os dez anos de movimento popular contra a venda da Copel.
O Projeto de Lei 361/2011 que cria a Agepar foi retirado de pauta da Assembleia Legislativa pelo governador Beto Richa para melhor análise e devido à polêmica que vem causando entre os meios sindicais e os servidores públicos. A Agepar seria uma agência reguladora que fiscalizaria empresas públicas como a Copel e a Sanepar. Sindicalistas e servidores públicos temem que a Agepar seja o primeiro passo para a privatização de empresas como a Copel e a Sanepar.
O presidente do Sindicato dos Eletricitários de Curitiba (Sindinel), Alexandre Donizete Martins, disse que as manifestações só vão terminar quando for cancelado o projeto de Lei nº 361/2011 ou qualquer outro que possa sugerir privatização. “A manifestação é para defender as empresas públicas do Estado em função da tentativa de privatização com a criação da Agepar”, esclareceu Martins.
“Essa agência (Agepar) nada mais é do que uma privatização disfarçada gradativamente”, reagiu o presidente dos Trabalhadores no Saneamento do Paraná (Saemac), Gerti Nunes. Ele questiona: “Porque uma agência reguladora para fiscalizar as empresas estatais? Qual o objetivo disso se é o próprio governo que administra estas empresas”?
Presente às manifestações, o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente (Fenatema), Eduardo Annunciato (Chicão), argumentou que não quer que ocorra no Paraná o mesmo que aconteceu no Rio de Janeiro e São Paulo. A Eletropaulo, de São Paulo, e a Light, do Rio de Janeiro foram privatizadas.
“Com a privatização, prometeram que iam melhorar a qualidade, a segurança dos serviços e o preço da energia elétrica em São Paulo e no Rio. Mas, os preços da energia elétrica subiram e a qualidade dos serviços caiu porque demitiram mais de 70% dos trabalhadores das companhias. E por fim, o serviço ficou menos seguro. Morrem pessoas todos os dias na rede elétrica”, disparou Annunciato.
O ato público e a passeata desta terça-feira foram organizados e promovidos pelo Sindicato dos Eletricitários de Curitiba (Sindinel) e pelo Sindicato dos Trabalhadores no Saneamento do Paraná (Saemac). Eles tiveram o apoio da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST/PR), União Geral dos Trabalhadores (UGT/PR) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT/PR).

Versão dos políticos
O presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni, e o líder do governo em plenário, Ademar Traiano (PSDB), revezaram-se nesta terça-feira para negar que o governo Beto Richa (PSDB) tenha a intenção de privatizar empresas públicas no estado. "Enquanto eu for presidente aqui, nenhum projeto privatizando empresa pública será votado na Assembleia", disse Rossoni para uma platéia de manifestantes que se agruparam nas galerias para lembrar os dez anos da votação do projeto de iniciativa popular que impedia a venda da Copel.
Rossoni fez até um "mea culpa" durante a sessão. Disse que o maior erro cometido nos seus 54 anos de vida foi ter votado favoravelmente à venda da empresa. "Eu mudei meu posicionamento. Fui convencido que estava errado", afirmou o tucano.
O líder do governo disse que a mensagem do governador ampliando a competência da agência reguladora de serviços públicos para as áreas de saneamento e energia não tem data para retornar à Casa. A mensagem foi retirada há duas semanas, com a justificativa de que será modificada para retirar a Copel do raio de ação da agência.
Traiano afirmou que "o projeto não tem data para retornar à Casa" e que se uma nova discussão for aberta, a sociedade civil terá que ser chamada a participar. Em 2002, o então governador Jaime Lerner, apesar de autorizado pela Assembleia Legislativa, cancelou o processo de venda da empresa em meio à instabilidade econômica gerada pelos ataques de 11 de Setembro nos Estados Unidos e ao desgaste político gerado pelos movimentos realizados em várias cidades do estado contra a privatização da Copel. 
Fonte:
http://oestadodoparana.pron.com.br/politica/noticias/41057/?n=servidores-publicos-protestam-contra-nova-onda-de-privatizacoes-no-pr

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