sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Corregedoria vai investigar denúncias contra vereador

Pessoas
Vivemos um momento ímpar.
Cada acontecimento noticiado nos leva, ou pelo menos deveria, a refletir sobre algumas atitudes e escolhas que fazemos.
Outubro está batendo à nossa porta, olharemos antes de abrir ou simplesmente abriremos sem medir as conseqüências.
Para reflexão

O tucano Odilon Volkmann é acusado de simular venda para servidores da prefeitura e cobrar 10% do valor da suposta negociação


A corregedoria da Câmara de Curitiba iniciou investigações sobre supostas irregularidades cometidas pelo vereador Odilon Volkmann (PSDB). A Mercearia Volkmann, de propriedade do parlamentar, é suspeita de cometer fraudes usando o cartão qualidade da prefeitura. O cartão qualidade é usado por funcionários da prefeitura para controle de ponto e acesso a seus locais de trabalho. Além disso, ele contém um chip que permite que seus usuários façam compras em estabelecimentos cadastrados, entre eles supermercados. O valor dessas contas é debitado automaticamente do salário do servidor. Apenas uma parcela do salário pode ser usada para compras nesse sistema.


Segundo a reportagem da RPC TV, funcionários da prefeitura iam à mercearia Volkmann para sacar dinheiro diretamente do cartão qualidade. A mercearia simulava uma compra, dava o valor em dinheiro ao funcionário e cobrava uma taxa de 10% da quantia. Esse dinheiro era debitado no salário do funcionário. Ou seja: na prática, o único lesado era o próprio funcionário, já que os 10% acabavam sendo descontados de seu salário.





De acordo com o corregedor geral da Casa, Roberto Hinça (PSD), a corregedoria já pediu cópias das gravações feitas pela reportagem, e convocará o vereador para depor em breve.
Além de forjar compras e cobrar 10% dos servidores públicos, o vereador também retinha os cartões para descontar esses valores aos poucos. Sem saber que estava sendo filmado, Volkmann disse à reportagem da RPC TV que fazia isso para que “o Leão” não o pegasse – o que indica, também, que houve evasão fiscal. O Ministério Público, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Delegacia do Consumidor iniciaram também investigações sobre o caso.
Segundo o diretor de administração de pessoal da Secretaria de Recursos Humanos da prefeitura, Danilo Bazello, não havia nenhuma vantagem para o funcionário em fazer esse tipo de operação. “A situação suposta por nós é de que isso seria uma espécie de adiantamento”, comenta. Bazello afirma também que a prefeitura não foi lesada com essa fraude, já que os 10% cobrados pela mercearia saíam do bolso dos próprios servidores.
A reportagem tentou entrar em contato com o vereador, mas não teve resposta. O líder do PSDB na Câmara, Emerson Prado, disse ter conversado com ele sobre o assunto, mas preferiu aguardar que o próprio vereador se manifeste antes de comentar o caso. Durante a sessão, houve rumores de que Volkmann pediria licença do cargo por 30 dias. Entretanto, isso não aconteceu. O vereador não compareceu à sessão, alegando problemas de saúde.
Trâmites
Caso as irregularidades sejam consideradas procedentes pela corregedoria da Casa, ela deve entrar com uma representação contra o vereador no Conselho de Ética. O próprio corregedor deve estabelecer a pena, baseado no regimento. As penas são: advertência, censura pública, suspensão de prerrogativas, perda temporária de mandato e cassação. As três primeiras são aplicáveis pelo próprio Conselho. No caso das outras duas, uma subcomissão é formada para elaborar uma resolução que deve ser votada em plenário. Caso seja cassado, assume seu suplente, Edson Parolin (PSDB).

Conselho de Ética
Acusado de fraude, o vereador Odilon Volkmann (PSDB) já estava sendo investigado por nepotismo na Câmara de Curitiba. Sua mulher, Emília Rocha, estava lotada como funcionária em seu gabinete. A denúncia contra o vereador foi apresentada na semana passada. Ontem, o presidente do Conselho de Ética, Francisco Garcez (PSDB), nomeou a vereadora Noêmia Rocha (PMDB) como relatora do caso.
Emília teria trabalhado em sua campanha e, depois, sido nomeada assessora parlamentar - em um cargo cujos vencimentos são de mais de R$ 7 mil mensais. O vereador alega que começou a ter uma relação com Emília quando ela já era sua funcionária. Quando o relacionamento ficou sério, decidiu exonerá-la. Assim como no caso Derosso, os dois não se casaram formalmente. Mesmo assim, isso pode ser considerado ilegal.
Nascido em Pomerode (SC), Volkmann tem 60 anos e atua na região do Bairro Novo. O vereador está em seu primeiro mandato no cargo, o qual conseguiu com 5.387 votos. Antes disso, ele já tinha se candidatado a vereador em 2004.

Vereador Odilon Volkmann pede afastamento da Câmara após denúncias
Licença de 30 dias tem relação com suspeita de a Mercearia Volkmann, de propriedade do parlamentar, cometer fraudes usando o cartão qualidade da prefeitura
O vereador Odilon Volkmann (PSDB) solicitou, nesta quinta-feira (1º), o afastamento da Câmara de Curitiba por 30 dias. O pedido tem relação com a suspeita de a Mercearia Volkmann, de propriedade do parlamentar, cometer fraudes usando o cartão qualidade da prefeitura.
Em nota oficial, Volkmann afirma que a decisão foi tomada para “preservar a Câmara de Vereadores de Curitiba, seu partido político, seus familiares e, principalmente, a sociedade e seus eleitores”. O vereador diz ter confiança no Ministério Público do Paraná e na Polícia Civil para o esclarecimento dos fatos noticiados nos últimos dias pela imprensa. A licença é não remunerada.
Ainda de acordo com a nota, Volkmann “voltará a assumir o comando de suas atividades empresariais para tomar real conhecimento dos fatos ocorridos” durante o período de licença.
Segundo o líder do PSDB na Câmara, vereadorEmerson Prado, o afastamento temporário de Volkmann foi recomendado pelo partido após uma conversa com o vereador.
Prado ainda garantiu que Volkmann será punido e não descartou a expulsão do vereador do partido. Mesmo assim, a punição ainda não foi definida pelo PSDB.
Suspeita de fraude
O cartão qualidade é usado por funcionários da prefeitura para controle de ponto e acesso a seus locais de trabalho. Além disso, ele contém um chip que permite que seus usuários façam compras em estabelecimentos cadastrados, entre eles supermercados. O valor dessas contas é debitado automaticamente do salário do servidor. Apenas uma parcela do salário pode ser usada para compras nesse sistema.
Segundo a reportagem da RPCTV, funcionários da prefeitura iam à mercearia Volkmann para sacar dinheiro diretamente do cartão qualidade. A mercearia simulava uma compra, dava o valor em dinheiro ao funcionário e cobrava uma taxa de 10% da quantia. Esse dinheiro era debitado no salário do funcionário. Ou seja: na prática, o único lesado era o próprio funcionário, já que os 10% acabavam sendo descontados de seu salário.
De acordo com o corregedor geral da Casa, Roberto Hinça (PSD), a corregedoria pediu cópias das gravações feitas pela reportagem, e convocará o vereador para depor em breve.
Além de forjar compras e cobrar 10% dos servidores públicos, o vereador também retinha os cartões para descontar esses valores aos poucos. Sem saber que estava sendo filmado, Volkmann disse à reportagem da RPC TV que fazia isso para que "o Leão" não o pegasse – o que indica, também, que houve evasão fiscal. O Ministério Público, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Delegacia do Consumidor iniciaram também investigações sobre o caso.
O vereador Emerson Prado disse que não há como negar que houve irregularidade já que as imagens são verídicas.





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