sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Edição 144 - Menor cidade do Paraná

O número diminuto de habitantes provoca uma situação quase única: a ausência de homicídios.
Quase todos se conhecem, dessa forma quase todos sabem da vida de todos...


Menor cidade do Paraná, Jardim Olinda não registra homicídios há quinze anos

Das cinco cidades com menos moradores no estado, quatro ficam na região Noroeste. Além de Jardim Olinda, Nova Aliança do Ivaí, Santa Inês e Esperança Nova integram lista


Quatro entre os cinco menores municípios do Paraná ficam na região Noroeste. É o que indica o levantamento divulgado na quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao lado de Miraselva, no Norte do estado, Jardim Olinda, Nova Aliança do Ivaí, Santa Inês e Esperança Nova têm menos de 2 mil moradores.
De acordo com a projeção da população para este ano, o menor município é Jardim Olinda, com 1.424 habitantes, 32 a mais do que o estimado no ano passado. Já na comparação com o Censo Demográfico de 2010, a localidade ganhou 15 moradores. Segundo o IBGE, essa diferença ocorre porque esta foi a primeira projeção populacional calculada a partir do Censo. Até o ano passado, o instituto utilizava estimativas matemáticas.
Localizada próximo à divisa com São Paulo e cercada pelos Rios Pirapó e Paranapanema, Jardim Olinda praticamente não tem ocorrências policiais. Tanto que há pelo menos 15 anos não é registrado um homicídio no local. Se o morador tiver algum problema e o destacamento da Polícia Militar (PM) estiver fechado, não tem problema, os moradores ligam diretamente para o celular do sargento responsável pelo policiamento.
Jardim Olinda não conta com hospitais e a unidade mais próxima está a 40 quilômetros de distância, em Colorado. No entanto, o único posto de saúde da cidade tem atendido a demanda a contento. Outra particularidade do pequeno município é de que todo mundo fica sabendo da vida dos outros. “Todos se conhecem e há uma ajuda mútua. É uma grande família”, afirmou o prefeito Juraci Paes da Silva (PTB).
Por outro lado, a cidade sofre nos últimos anos com a falta de empregos, o que tem gerado a emigração. “É uma tendência natural as pessoas trocarem as pequenas cidades pelos grandes centros, principalmente aqueles que residem na área rural”, ressaltou o prefeito, que também se queixou da queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “As pequenas prefeituras dependem quase que exclusivamente dos recursos federais. Quando esse fundo cai, o município fica sem recursos para investir nos serviços públicos essenciais.”
Mesmo com as dificuldades, o chefe do Executivo tem boas expectativas com a chegada de duas indústrias (uma madeireira e uma de cerâmica) e a expansão do turismo de lazer. “Os condomínios fechados [às margens do Rio Paranapanema] estão em franca expansão. São loteamentos que atraem visitantes, que utilizam o comércio local.”

 Créditos
gdp

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