terça-feira, 14 de novembro de 2023

Conhecimento, autoconhecimento, conhecer-se ou se deixar conhecer

 

Depois de muito tempo lembrei-me que um dia tive um blog, que um dia gostei de escrever, que um dia tive motivação para tal.

Resgato com esse pequeno texto alguns questionamentos, busco algumas respostas para perguntas que em algum momento fiz a mim mesmo, perguntas que não merecem respostas elaboradas, pensadas, mas respostas vindas do coração, sem razão, apenas carregadas de emoção. Os muitos "se" são necessários para essa viagem.

Faço aqui um exercício de faz de conta e levo você, ora leitor, a viajar comigo nessa brincadeira em busca de respostas ou de mais perguntas, você decide.

Se você descobrisse que tem somente mais um dia de vida, um único dia, você contaria pra alguém? Ou viveria da melhor forma? Ou faria tudo que teve vontade e por algum motivo, ou regra, ou pudor, ou razão não viveu? Faria uma busca por perdão, reconciliação ou tocaria o foda-se? Eu, no exercício imaginário da loucura buscaria conhecer outros sabores: de sorvete, de comida, de lábios. Talvez me permitisse dizer coisas a algumas pessoas. A certas mostraria o quanto foram importantes na minha existência, com pouco ou bastante tempo de contato, com pouca ou muita intensidade na troca de olhares, de abraços, de experiências. A outras diria: obrigado pela oportunidade proporcionada por você, pela sua forma de ver a vida, pela intolerância, ingratidão, valeu, cresci. E, caso resolvesse contar pra alguém a sua novidade, pra quem seria? Pais, amigo, amiga, namorado, ex-namorado? Quem teria o privilégio de saber algo tão importante? Confesso que hoje teria pouquíssimas opções de nomes, uns para não ferir com a iminente situação e outros para não dar o gostinho...

Se você recebesse de presente uma caixa com tudo o que você já perdeu, que já teve alguma importância, ou não, o que você procuraria primeiro? Buscaria amigos, parentes, oportunidades, tempo perdido, coisas? Ou...

Se você não soubesse quantos anos tem, qual seria sua idade? Conheço algumas pessoas com pouca idade e velhas por dentro, pelas atitudes, comportamentos, e outras com mais experiência que são jovens, transmitem leveza. Viva a vida!

Se você tivesse o poder de ir, agora, para qualquer lugar do mundo, iria pra onde? Iria atrás do quê ou de quem? Conheceria novos lugares ou iria em busca de belas recordações?

Se você fosse dotado de poderes mágicos, apagaria sua pior memória ou reviveria a sua melhor memória? Tristezas, aflições, angústias, medos, prazer, experiências, contatos...

Se a você fosse dada a faculdade de poder viver para sempre, você viveria? Teria razão para tal, ou abriria mão por não poder ter ao seu lado pessoas, coisas, algo que goste e que passariam?

Se um dia você pudesse entrar num espaço, uma sala, e lá estivessem todas as pessoas que já conheceu na vida, quem você procuraria primeiro? A quem seria dado o primeiro abraço, beijo, e por quê? Afirmo sempre que se você tem, na sua lista de contatos, alguém a quem possa ligar às 03:00 e pedir socorro, e essa pessoa te atender sem perguntas, você tem um tesouro. Faço outro questionamento: tem algum dos seus contatos a quem, caso te chame, você iria ao encontro sem perguntas?

Por fim brinco com a questão do sentir falta. Você sente falta de ser uma pessoa diferente do que você é hoje ou da pessoa que você era antes dos anos passarem e mudar os seus planos? Ou do jeito que está não merece ou precisa de mudança?